domingo, 24 de fevereiro de 2008

Darwinismo

Do amor surge a vida
Não mera e simples divisão celular
Mas milagre, feito e acontecido
História, escrita e reescrita

Do amor, tudo se inicia
É ele a matriz de todas as coisas
Do belo ao feio
Do sagrado ao profano

O amor aos poucos nasce
Desabrocha como a fina flor
Aparece, misteriosamente
Desponta como a estrela no céu

Do amor, tiram-se idéias
Palavras santas e banais
Conceitos, verdades, dogmas
Ou até mesmo longas cartas

O amor é geratriz do sentimento
Da paixão, de todo encantamento
Ainda que seja por ódio ou vingança
Ainda que por um só momento

Por amor, se vai à guerra
E por sempre almeja-se a glória
Seja o amor à pátria ou a uma mulher
Como fez-se com Helena de Tróia

O amor é o início do caos
O pai da destruição
Seja a vontade de Deus ou a dos homens
Seja apenas a do destino

Como a nossa própria existência
Traçada numa linha evolutiva
Um caminho íngreme e longo
Um vago conceito longínquo

Como do corpo sobram as cinzas
Como o fogo delas se alimenta
A transformação, propriamente dita
Num sonho, num devaneio

Do pó viemos, o que nos criou
E cada um a ele retornará
Alimente já as terras conosco vivos
E resumirá toda a jornada a atravessar

3 comentários:

Camille de Holanda disse...

Sua fã veio te visitar e dizer mais uma vez que está encantada e sem palavras. *-*

Amo você, Debs. ♥

Natie disse...

Pago pau pra tudo quanto é post desse blog.
amay.
fikdik

Murilo Teixeira disse...

Eu não imaginava que o Acaso criaria dois (grandes) escritores na mesma família...

Beijos!
O Tio.