terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sem título

Queria escrever um texto.

Pensei em várias coisas, tive várias idéias, fiz o maior esforço possível. Tentei me lembrar de fatos, impressões, emoções, consultei os cinco sentidos, em busca de inspiração, ou algo que desencadeasse uma seqüência de palavras.

Com a caneta em mãos, tentei, de todas as formas, escrever algo naquele papel em branco. Nisso, consumi minutos, que se transformaram em horas, e foram crescendo, e crescendo...

Por fim, acabei ocupando naquilo todo o meu dia.

A frustração foi tamanha ao olhar para o pedaço de papel e perceber que ele permanecera como no início: completamente límpido, sem uma letra sequer.

À noite, tentei mais uma vez. Empenhei-me ainda mais na árdua tarefa, e cheguei a fazer alguns rascunhos, mas, ao lê-los, fui tomada por uma ira descomunal, rabiscando cada linha, amassando a folha de papel e atirando-a pela janela, violentamente.

Forcei minha cabeça contra o travesseiro, com o objetivo de tirar algo de lá, alguma idéia, e, ao mesmo tempo, com aquela irritação latente. Escrever era, a príncipio, um passatempo, depois, tornou-se um vício. Agora, sentia como se fosse uma obrigação, algo que eu precisasse fazer, mesmo sem vontade.

Desisti.

Fui à cozinha, tomei um copo d'água, deitei-me e fui dormir. Isto? Isto não é um texto, é um desabafo.

Um comentário:

Paulie N. disse...

pqp, Debys, você não existe, cara!
*o*
até a falta de inspiração que sempre dá na gente que escreve,você sabe transformar num texto incrivel!
e põe incrivel nisso!

beijos* minha xuxu


p.s. imagine o que teria saído se vc tivesse tido alguma idéia! *O*