Do amor surge a vida
Não mera e simples divisão celular
Mas milagre, feito e acontecido
História, escrita e reescrita
Do amor, tudo se inicia
É ele a matriz de todas as coisas
Do belo ao feio
Do sagrado ao profano
O amor aos poucos nasce
Desabrocha como a fina flor
Aparece, misteriosamente
Desponta como a estrela no céu
Do amor, tiram-se idéias
Palavras santas e banais
Conceitos, verdades, dogmas
Ou até mesmo longas cartas
O amor é geratriz do sentimento
Da paixão, de todo encantamento
Ainda que seja por ódio ou vingança
Ainda que por um só momento
Por amor, se vai à guerra
E por sempre almeja-se a glória
Seja o amor à pátria ou a uma mulher
Como fez-se com Helena de Tróia
O amor é o início do caos
O pai da destruição
Seja a vontade de Deus ou a dos homens
Seja apenas a do destino
Como a nossa própria existência
Traçada numa linha evolutiva
Um caminho íngreme e longo
Um vago conceito longínquo
Como do corpo sobram as cinzas
Como o fogo delas se alimenta
A transformação, propriamente dita
Num sonho, num devaneio
Do pó viemos, o que nos criou
E cada um a ele retornará
Alimente já as terras conosco vivos
E resumirá toda a jornada a atravessar
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3 comentários:
Sua fã veio te visitar e dizer mais uma vez que está encantada e sem palavras. *-*
Amo você, Debs. ♥
Pago pau pra tudo quanto é post desse blog.
amay.
fikdik
Eu não imaginava que o Acaso criaria dois (grandes) escritores na mesma família...
Beijos!
O Tio.
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