Aos olhos, um feixe de luz
Um espelho, um só reflexo
A reflexão, cópia fiel
À reflexão, uma geratriz
A luz do sol, a eletricidade
Espectro indecifrável
Ao feixe de luz, um só destino:
Os olhos perplexos da amada
O piscar de olhos, movimento rápido
Completo em fração de segundo
Completo, ainda que uno
Uno, ainda que lento
Lento, num espaço de tempo
Tempo curto, ainda que nada
E ao feixe de luz, um só destino:
Os olhos perplexos da amada
À amada, o amor fiel
O amor devoto e automático
Comportamento até maquinário
De simples máquinas devotas
Cativas, em devoção forçada
Devotas, ainda que nada
E ao feixe de luz, um só destino:
Os olhos perplexos da amada
Deixe a luz chegar aos olhos
Deixe que chegue até cegá-los
Da cegueira, faça-se a luta
E da luta, a liberdade
A luta, ardente e avante
A morte, ainda que nada
E ao último feixe de luz
Deixe os olhos da amada
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Um comentário:
Magnifico seus textos deby's!
digno de uma filosofa e jornalista!
implismente perfeito!
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